A pintura na Grécia Antiga era uma das artes gregas mais apreciadas, embora hoje seja a menos conhecida, que se justifica pela quase inexistência de tais obras.
Em geral, eram executadas em painéis portáveis ou murais. O caso das pinturas em cerâmica é um caso a parte, pois a pintura em cerâmica tinha convenções próprias e só vagamente serve como guia na compreensão de estilo pictórico grego como um todo, e ainda há grande quantidade de vasos pintados.
A pintura foi aplicada sobre diversos tipos de suportes e integrou outras modalidades de arte, como a estatuária cenografia e arquitetura. Os gregos foram inventoras de técnicas como o modelado tridimensional com o uso de sombras e ilusionismo trompe I'oeil (técnica artística que, com truques de perspectiva, cria uma ilusão óptica que mostra objetos ou formas que não existem realmente). Eles fizeram experiências geométricas a partir de um ponto fixo, que quase levou a descobrir a perspectiva.
Todas essas técnicas novas foram avidamente recebidas em seu tempo, tornaram-se a base da pintura ocidental ao longo dos séculos e ainda hoje são largamente utilizadas na prática da pintura contemporânea, o que demonstra a importância do seu legado e o brilho de seu engenho para encontrar soluções práticas para o problema, crucial para a pintura figurativa, como foi praticamente toda a pintura grega antiga, da representação em duas dimensões de uma realidade tridimensional. O desenvolvimento de grandes novas capacidades para essa representação e o impacto da produção da época entre seu público fez com que a pintura contribuísse, junto com a escultura, para o florescimento de um rico debate teórico a respeito da ética na arte, sobre os seus fundamentos científicos, suas capacidades pedagógicas e sua utilidade cívica, e sobre a natureza, o caráter e a função da mímese, um debate que mereceu a atenção de homens notáveis como Anaxágoras, Demócrito, Sócrates, Platão e Aristóteles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário